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sábado, 28 de janeiro de 2017

A Música de Elomar Figueira Mello




A Música de Elomar Figueira Mello

O arquiteto, cantor, compositor e violeiro baiano Elomar Figueira Mello retrata na sua música, as vivências, os costumes e o linguajar do povo sertanejo. Todas as suas canções, na minha opnião, são fantásticas.

Suas músicas ganharam vida e popularidade na década de 1980 na voz de Xangai (Eugênio Avelino), cantor mineiro de nascimento, mas baiano de vivência e costumes, quando adquiriu até mesmo o socaque baiano. Xangai, não sei hoje, mas na época que tive acesso, tem (ou tinha) um programa na TV estadual, similar ao programa do Dilson Pinheiro aqui na TV Ceará (TV também mantida pelo governo do estado). Posto aqui uma delas para você que conheçe, recordar, e pra você que não conhece, enriquecer sua cultura musical.

Elomar, contou certa vez em um dos muitos shows dele com Xangai que assisti, que certa vez, em uma de suas idas ao seu sítio onde cria bodes, levou Vinícius de Moraes. Chegando lá, Vinícius admirou-se com tantos animeis e somente bodes. Perguntou porque ele criava somente bodes e ficou admirado com a resposta: "Porque não existe seca para eles. na falta da água, eles bebem a própria urina".

O Pidido
Elomar

Já qui tu vai lá prá fêra
Traga di lá para mim
Água da fulô qui chêra
Um nuvelo e um carrin
Trais um pacote de misse
Meu amigo ah se tu visse
Aquele cego cantadô!
Um dia ele me disse
Jogano um mote de amô
Qui eu havéra de vivê
Pur esse mundo
E morrê ainda em flô
Passa naquela barraca
Daquela mulé reizêra
Onde almuçamo paca
Panelada e frigidêra
Inté você disse vã lõa
Gabano a boia bôa
Qui das casas da cidade
Aquela era a primêra
Trais pra mim uãs brividade
Qui eu quero matá a sôdade
Fais tempo qui fui na fêra
Ai sôdade...
Apois sim vê se num isquece
Quinda nessa lua chêa
Nós vai brincá na quermesse
Lá no Riacho d'Arêa
Na casa daquêle home
Feiticêro e curadô
Qui o dia intêro é home
Fiiho de Nosso Sinhô
Mais dispois da mêa noite
É lubisome cumedô
Dos pagão qui as mãe isqueceu
Do batismo salvadô
E tem mais dois garrafão
Cum dois canguin responsadô
Apois sim vê se num isquece
De trazê ruge e carmim
Ah se o dinheiro desse!
Eu queria um tracilin
E mais treis metro de chita
Qui é preu fazê um vistido
E ficá bem mais bunita
Qui Madô de Juca Dido
Qui Zefa de Iô Joaquim
Já qui tu vai lá prá fêra
Meu amigo trais
Essas coisinhas para mim...

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